BlogSlot - Visões de um Caipira Cosmopolita...

terça-feira, maio 25, 2010

Ficando, sim - mas não pra titia

Uma bela foto...
Uma bela mulher.


Faltava falar um pouco sobre como estas coisas do coração se deram comigo, sabe?
Apresentar a Érica aos meus posts, colocar algo bacana sobre o relacionamento no meu blog, mostrar como um dos aspectos da minha vida mudou.

E, claro, mostrar como ela está sendo maravilhosa neste momento da minha vida. :)



Tudo começou no dia 13 de Novembro. Uma sexta feira em que muitos dos meus amigos da FEA USP já estavam com ressaca moral, após uma importante eleição que disputamos na faculdade ter sido vencida pelos nosso opositores.
Fomos para uma festa, FESTECA, que geralmente é uma festa grande que ocorre na USP e que transpassa bastante seus muros, atraindo gente de várias outras faculdades - FGV, Ibmec, UNESP, Mackenzie...UNIFESP...

Estava andando já um pouco alcoolizado pelo canil da ECA, quando encontrei uma moça muito bonita e simpática na porta do Canil. Como não tinha nenhum assunto pra puxar com ela, e estava sem nenhuma grande sacada à disposição no momento, e como queria muito puxar papo com ela, lá fui eu com uma das mais velhas abordagens utilizadas pelos homens:

"- Oi, você que é a Renata?"


É claro que não era ela (o que até hoje faz com que a música "Renata, Ingrata" soe bastante irônica para nós dois). Mas serviu pra começar um dos papinhos mais longos e agradáveis que tive na minha vida, com uma pessoa que parecia ter caído do céu naquele momento.
Ela estuda Pedagogia na UNIFESP, em Guarulhos, tem uma cabeça muito bacana, engraçada, simpática, interessante, bonita...
E eu, que precisava ir embora, fui ficando, ficando, ficando...e fiquei mesmo.

Logo a noite, justo ela, também foi ficando, ficando, ficando...
Foi ficando cada vez mais avançada, e lá pelas quatro da manhã resolvemos nos despedir. Foi uma das despedidas mais longas que tive na vida, já que nos despedimos até às oito e meia da manhã...

Sabe como é, fomos ficando, ficando, ficando...


Conversamos por telefone, MSN, Orkut, e combinamos de nos ver outra vez
E eu fui pra Guarulhos, na república dela, na terça seguinte. Era pra eu ficar lá até quarta de manhã, mas eu fui ficando, ficando, ficando...

Só fui embora na quinta, dia 19, já no final da noite - e quase que eu ainda fico por lá no feriado do dia 20.



Logo estávamos frequentando as casas um do outro, as repúblicas, e teve um dia que ela me surpreendeu e começou a falar com a minha mãe, como se fossem as melhores amigas!!! Eu no começo me senti um pouco envergonhado, claro, já que a minha mãe nunca tinha falado com outras meninas que eu tivesse conhecido - mas eu me surpreendi com a desenvoltura com que ela conseguiu falar e, quem diria, conquistar a minha mãe.


Foi precisamente neste dia que ela aceitou o meu pedido em namoro, mais à noite.



De lá pra cá parece que aconteceu tanta coisa...
Tanta coisa que passa, passou e passará. Mas fomos ficando, ficando, ficando e ficando, desde aquele dia na prainha da ECA...
E a cada dia me sinto melhor, mais realizado por estarmos juntos. Nunca pensei que eu pudesse saber, ter uma noção do que é um amor verdadeiro...

E eu conheci uma mocinha aquariana, que foi ficando, ficando, ficando...



E ficou com o meu coraçãozinho.
Assim, me mostrou que o amor pode ser, sim, um sentimento bom e que nos torna pessoas melhores - por mais difíceis que sejam as dificuldades que se colocam na nossa caminhada.




Érica...
Não sei se eu já te disse que eu te amo hoje...

Mas escrever que eu te amo, agora com certeza eu já escrevi. ;)

sexta-feira, maio 21, 2010

O Insustentável CAGAÇO do Ser

Faz tanto tempo que não posto aqui...
Tanto tempo que parece que, na última vez em que postei, eu estava em uma realidade alternativa. Comparar o antes e o depois mostram o quanto eu mudei, e o quanto a minha vida mudou.


A última postagem que tive foi em 30 de Novembro.
E é ainda mais curioso que tenha sido justamente uma postagem sobre o passado que passei, e no qual tenho referência do que fui - mas não exatamente do que sou.

Parece um prelúdio do que sinto ao revisitar o meu blog.


Primeiro, boas notícias:
Sinto hoje que estou MUITO melhor do que naquela época. Tudo bem que estou quase sem grana, sem emprego, quase sem casa aqui em Sampa, meu carro batido jaz em uma oficina aqui na Vila Buarque esperando a boa vontade da seguradora do cidadão que bateu no meu possante, minha graduação uspiana continua daquele jeitinho que conheço desde que minha referência de chope era o Pinguim, estou organizando um encontro estudantil muito criticado pelos problemas que está enfrentando (muitos deles com ligações íntimas com problemas pessoais que tive inclusive na época em que escrevi meu último post), não piso em Amparo há mais ou menos um mês...

Mas nada disto significa que eu me sinta plenamente "desamparado", sabe?
Algumas vezes eu sinto uma desesperança que beira o desespero, quando penso em todos estes problemas, mas sinto também, logo depois, no máximo no dia seguinte, que estou arriscando muito em uma direção certa.


O que ocasionou o título que eu coloquei - que não parece uma maravilha à primeira vista, mas tem a sua razão de ser.


Estes dias, assisti à palestra de um cidadão chamado Luciano Pires. Palestra show, muito bem ensaiada, um artista o cidadão - que escolheu se rpeparar para falar de um tema muito recorrente e importante atualmente, a Sustentabilidade. Ou SustentHabilidade, segundo o que ele disse.

(a lan house me avisou que tenho cinco minutos - que eu consigo escrever neste tempo?)

E eis que ele coloca que sentimos medo, sabe? Medo das mudanças, de tudo que pensamos que pode acontecer se modificarmos nosso status quo, se arriscarmos, se não nos dermos o direito de mostrar a que viemos...
Sei lá, de dar a cara a bater pra vida e arriscar pelo que queremos. Senti que fiz isto muito tempo até não muito tempo atrás, até ano passado eu acho, ao enfrentar um emprego que não me agradava todos os dias, e ao encarar todos os dias a rotina que me desagradava.

E, durante a palestra, o cidadão comentou que se nos deixarmos dominar pelo medo, este se transforma em um sentimento bastante diferenciado que te impede de progredir, te trava. Te cega antes suas possibilidades, e te força a engolir seu desagrado e continuar seguindo com sua vida.
Ele falou de um modo muito, mas muito mais engraçado do que eu estou escrevendo agora, tanto que ainda me lembro do momento e não consigo deixar de rir ao relembrar. E observar a palavra CAGAÇO crescendo nos telões do anfiteatro foi um momento marcante na minha existência.


Refleti. Uma engraçada e irônica reflexão.


Estou arriscando, e posso realmente perder de modo bastante doloroso.
MAs eu sei que é assim que vou me desenvolver enquanto pessoa, conhecer novas possibilidades, engatilhar e disparar novas iniciativas, propor diferentes encaminhamentos. Me impedi de fazer isto pro anos, longos, com passagens dolorosas, e sei que posso sentir ainda mais dor falhando, mas sei que vale a pena, vale sentir a adrenalina, a frustração ainda maior do que antes em inúmeros momentos, toda de uma vez - mas sempre batalhando para não ficar no fundo do poço e superar.
Acho que eu não afzia isto antes, me contentava com um salário fixo e uma sensação de que viveria minha vidinha universitária pra sempre.

...e era assim que o CAGAÇO se manifestava pra mim.


Mas isto foi na época do meu último post.
Hoje, para observadores pouco atentos, estou em uma fase que pode parecer a mais difícil da minha vida. Sem emprego, sem grana, sem lá grande credibilidade em alguns meios importantes, quase sem casa, sem carro...


Mas com PERSPECTIVAS.
REAIS.

Obviamente que perspectivas não enchem a barriga, e por bom tempo, quando nos arriscamos em novas iniciativas, é tudo o que temos pra nos agarrar quando os riscos de dar tudo errado quase nos sufocam.
Mas são mais do que suficientes para que superemos a inércia que o cagaço nos causa. Estou sim investindo em uma existência diferente, já sinto grandes diferenças, e sim, sinto que estou melhor - não pelos problemas que tenho...


(...)


Mas pela minha disposição em enfrentá-los.


(...)


É precisamente NESTE ponto que sinto hoje minha força, e sei que tenho condição de tornar este sentimento, o tal do cagaço...
Insustentável.



(até que foi um bom texto pra quem tinha cinco minutos de Lan House, não?)