Transfiguração
Faz tempo que eu não escrevo.
Parece até que faz uns duzentos anos.
Mas não estou escrevendo porque quero. É muito mais porque queria ter uma válvula de escape, onde não precisasse e limitar às palavras medidas para dar vazão ao caos.
E daí?
Estou condicionado às palavras medidas. Logo, fico na média das frases que soam como se fossem lugar-comum - como, a propósito, esta mesma sentença é prova cabal.
Eu só fico pensando sobre como o nó na garganta me enforca.
E, por mais que eu esteja "enforcado", só consigo pensar em como ninguém nunca associou a forca e o nó na garganta antes. Ele atrapalha meu próprio pensamento, me dificulta a organização das ideias, e força meu perfeccionismo a voltar e arrumar as palavras que escrevo errado.
E pra que?
Pra que arrumar o "pq"?
Eu vejo a minha face, impassível, de pedra, refletida pelo sol no monitor HP. Penso que poucas vezes pareci tão bonito pra mim mesmo.
Mas o caos cria caso dentro de mim, e não alivia. Por isto só me resta contemplar o rosto, já sem o sol, descrito nas palavras comedidas.
No final, na hora de decidir o título do post, foi como se tivessem me falado ao pé do ouvido.
"TRANS-FI-GU-RA-ÇÃO"
Como na música do Cordel.
Fui ver o significado do termo, e confesso que me fez sentir melhor.
Não que eu tenha subido o Monte Tabor...
Só me fez dar conta de que o caos é natural na mudança.
Ainda mais quando não a compreendemos.
Parece até que faz uns duzentos anos.
Mas não estou escrevendo porque quero. É muito mais porque queria ter uma válvula de escape, onde não precisasse e limitar às palavras medidas para dar vazão ao caos.
E daí?
Estou condicionado às palavras medidas. Logo, fico na média das frases que soam como se fossem lugar-comum - como, a propósito, esta mesma sentença é prova cabal.
Eu só fico pensando sobre como o nó na garganta me enforca.
E, por mais que eu esteja "enforcado", só consigo pensar em como ninguém nunca associou a forca e o nó na garganta antes. Ele atrapalha meu próprio pensamento, me dificulta a organização das ideias, e força meu perfeccionismo a voltar e arrumar as palavras que escrevo errado.
E pra que?
Pra que arrumar o "pq"?
Eu vejo a minha face, impassível, de pedra, refletida pelo sol no monitor HP. Penso que poucas vezes pareci tão bonito pra mim mesmo.
Mas o caos cria caso dentro de mim, e não alivia. Por isto só me resta contemplar o rosto, já sem o sol, descrito nas palavras comedidas.
No final, na hora de decidir o título do post, foi como se tivessem me falado ao pé do ouvido.
"TRANS-FI-GU-RA-ÇÃO"
Como na música do Cordel.
Fui ver o significado do termo, e confesso que me fez sentir melhor.
Não que eu tenha subido o Monte Tabor...
Só me fez dar conta de que o caos é natural na mudança.
Ainda mais quando não a compreendemos.
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