BlogSlot - Visões de um Caipira Cosmopolita...

domingo, setembro 26, 2021

De ontem pra hoje...

 ...descobri que meus posts seguiam meio que o mesmo modelo. Uma coisa meio melancólica, depressiva, de um cara querendo ser uma pessoa melhor do que era naquele momento.

E PORRA, até no meu último post de semana passada (semana que acabou há 30 minutos, né - já é domingo pé de cachimbo) eu continuo assim!!! VSF!!!

Eu mudei, evoluí sim! E posso até não ter conseguido a maior parte dos objetivos que tinha naquela época, mas estou MUITO MELHOR!!!

(...)

Estou realmente na dúvida se continuo com o blog, incomoda e dá vergonha ver como eu fui - tipo ver uma foto antiga sua usando aquelas calças-cagão (desculpaí se você usa até hoje, sempre achei bizarro).

Um dia, vou ler este post também e sentir uma baita vergonha (e, se quem está lendo não sou eu - e eu souber disto - a vergonha será multiplicada potencialmente). No entanto, pra tentar amenizar a vergonha, neste preciso momento deste dia 26 de setembro eu tenho metas, objetivos, sonhos, trabalho na direção de conquistar tudo isto, e tenho tudo planejado.

Então, a vergonha futura que sentirei DESTE post (e dos anteriores) é resultado direto de eu ter conseguido parte CONSIDERÁVEL do planejamento que fiz, e executo todos os dias.

E olha, SIM - vai rolar!!!

sábado, setembro 25, 2021

Na posição da Lótus

Eu mal lembrava do blog. Hoje em dia se usa Facebook, Twitter, Tik-Tok sabe?

"Sei nem o que dizer", como diria alguém que conheço. Estar aqui, faltando um minuto pro amanhã, e depois de oito anos, é...

(...)

De certo modo, é uma viagem ao meu passado. Ver como continuo o mesmo, de certo modo - mas mutatis mutandis.
Não gostei de constatar isto, apesar de ver que efetivamente evoluí.

É. Como diria um podcast que ouvi estes dias, é mergulhando ainda mais fundo na bosta que nos desagrada que achamos uma saída pra ela.
(e o mergulho foi difícil, lembrar um login esquecido e mais três confirmações - baita esforço pra esse mergulho)

Não gostei de estar aqui não viu, mas vou tirar coisa boa disso. Tipo uma flor de lótus, né?

quinta-feira, janeiro 17, 2013

From Past Till Dawn

E hoje, após tanto tempo, relendo despreocupadamente algumas das minhas postagens...
Acho que descobri por que motivo escrevo este blog há quase oito anos.

Me vejo mais jovem, vários eus, todos vindo me assombrar diretamente do passado...
E todos falando desesperadamente para mim mesmo, agora:


"Seja MELHOR do que eu!!!"


Estou melhor do que a maioria de vocês, eus passados. Só um ou outro dos meus eus está melhor, mas o eu de agora está com certeza no "Top 10" aqui do blog - talvez no "Top 3".
E este eu de hoje, de agora, só cria a expectativa de ser pior do que o eu de amanhã.


Expectativa esta que será atendida.
Afinal, diferente dos inseguros e amargos eus que fui...

Hoje eu combato meus sentimentos sombrios usando o que tem de bom em mim...
E, hoje em dia, eu confio no meu taco.
=)

quarta-feira, novembro 14, 2012

Súplica Amparense

"Oh! Meu Deus,
Se eu não rezei direito,
A culpa é do sujeito,
Desse pobre que nem sabe fazer a oração."
Súplica Cearense, Luiz Gonzaga (regravada por O Rappa)

Meu Deus...
Sabe, eu tô bem. Sério.

Com certeza melhor do que estava no começo do semestre. Ou do ano.
Agradeço pela situação, de verdade. E espero que possa ser perdoado pelos momentos de descrença - que nunca são poucos.

Mas se eu posso pedir ajuda, me ajuda só em duas coisas.

A primeira é pra eu não perder o foco. Eu me desanimo, me distraio, me canso, me entedio, procrastino - e só perco o foco no que é importante.
Não posso continuar assim. Preciso me ajudar, sério - pois não quero patinar outra década.

A segunda é pra eu descobrir o que é essa agonia que está carcomendo minha barriga.
É preocupação por não ter mais o tempo que passou? Sufocamento pelos problemas cotidianos que se avolumam?
Ou é coisa boa? Paixão, amor, encantamento? Será que é aquela insegurança que a gente sente quando conhece alguém? O medo de se machucar, misturado à empolgação por desfrutar de uma pessoa encantadora?

Desculpe...se pareci fútil demais. As coisas não estão perfeitas, mas não sei se tenho o direito de reclamar.
Cada um ao seu modo, e eu vejo tantos e tantos problemas...

Só quero que a confusão dos meus pensamentos resulte em coisa boa.

Sério.

sábado, setembro 15, 2012

Ironia Solitária

É oficial.
Nem o meu blog recebe mais visitas.

Sete anos de blog, mais de duzentas postagens, entre publicações e rascunhos inacabados, e eu praticamente escrevo apenas para mim mesmo.
Sou meu único espectador no momento, além de ser o mais assíduo em sete anos e meio de blog.

Talvez seja então um pouco mais fácil de falar mais sobre o que me vem na cabeça. Dizer mais sobre o que realmente penso, o que quero, sinto, acho, planejo, espero...
Principalmente o que sinto.

Sete anos e meio.
E o meu maior receio é o de, analisando o homem de hoje que está vendo o rapaz de sete anos antes, que os avanços na minha evolução pessoal não tenham sido os que eu esperava.

Me consola saber o que minha intuição diz - que eu não sou exceção. Todos gostariam de ser diferentes, ao menos um pouco.


Mas a intuição também grita:
Existe, sim, algo errado! Há tempo de reverter o desastre, a inanição, a derrota, o que for - mas tem que se não apenas perceber a situação incômoda, como também agir e resolvê-la.

(...)

Deus, me ajuda a não ficar parado.

Solidão Paulistana

Sem ninguém na rep, sem TV, sem vontade de ver filmes, com montanhas de coisas pra estudar...
Só na companhia dos livros espalhados sobre a cama, do laptop firme e forte apesar de suas cicatrizes, do inseparável pen-drive, do HD externo zumbindo aqui ao lado e do estabilizador e suas piscadas.

Mas as cicatrizes também são minhas, o zumbido também está na minha mente, e ao menos alguma agonia também é inseparável, espalhando-se ao longo do meu dia-a-dia.
É a solidão, como sempre.

Longe dos amigos, família, longe longíssimo das pessoas importantes.
E sem chance de criar novos laços. De dentro de casa é um pouco difícil de fazer novos amigos verdadeiros, arrumar namoradas, rever velhos conhecidos, dentre outras formas de interação social.
E isto em tempos de Facebook, Skype e, quem diria, Batepapo UOL.

Fico pensando se esta vida na capital é realmente a escolha certa...

Será que um diploma vale tanto esforço, tantos anos perdidos longe dos entes queridos?
Será que a "grife USP" vale tanto sacrifício?

Mas vale também um momento de reflexão na outra via. Será que se eu estivesse em Amparo, realmente estaria feliz, com meus amigos, família, confraternizando em clima de tranquilidade, sossego e realização?

(...)

Deus, só peço pra ter alguma sabedoria.
E fazer todo este desassossego valer a pena algum dia, que espero eu seja bem mais breve do que meu pessimismo intui.

quarta-feira, agosto 29, 2012

Transfiguração

Faz tempo que eu não escrevo.
Parece até que faz uns duzentos anos.

Mas não estou escrevendo porque quero. É muito mais porque queria ter uma válvula de escape, onde não precisasse e limitar às palavras medidas para dar vazão ao caos.

E daí?
Estou condicionado às palavras medidas. Logo, fico na média das frases que soam como se fossem lugar-comum - como, a propósito, esta mesma sentença é prova cabal.


Eu só fico pensando sobre como o nó na garganta me enforca.
E, por mais que eu esteja "enforcado", só consigo pensar em como ninguém nunca associou a forca e o nó na garganta antes. Ele atrapalha meu próprio pensamento, me dificulta a organização das ideias, e força meu perfeccionismo a voltar e arrumar as palavras que escrevo errado.

E pra que?
Pra que arrumar o "pq"?

Eu vejo a minha face, impassível, de pedra, refletida pelo sol no monitor HP. Penso que poucas vezes pareci tão bonito pra mim mesmo.
Mas o caos cria caso dentro de mim, e não alivia. Por isto só me resta contemplar o rosto, já sem o sol, descrito nas palavras comedidas.


No final, na hora de decidir o título do post, foi como se tivessem me falado ao pé do ouvido.

"TRANS-FI-GU-RA-ÇÃO"

Como na música do Cordel.


Fui ver o significado do termo, e confesso que me fez sentir melhor.
Não que eu tenha subido o Monte Tabor...

Só me fez dar conta de que o caos é natural na mudança.
Ainda mais quando não a compreendemos.

sexta-feira, abril 20, 2012

Ducentésimo


O post anterior é a constatação cabal de que o Blogger não sabe contar...
Hahahah

Ou quem não sabe contar sou eu? :p


Tenho escrito aqui de modo muito esporádico. Algumas vezes escrevo, coloco algo, e fico meses sem aparecer, sem mostrar algo sobre mim, sobre como tem andado a vida.
Acho que uso o blog para verificar como mudei, o que era, onde cheguei. Sempre me surpreendo ao dar uma boa olhada no que pensava o cara que fez os últimos posts - e ao não me surpreender por nenhum de nós deixar de ser uma "metamorfose ambulante".


Acho que estou menos só. Por mais que tenha terminado de vez com minha ex esta semana, tenho me esforçado para reforçar os laços com as pessoas à minha volta, amigos, família, colegas  - e, nisto, tenho melhorado.
O desafio de quem andou tanto tempo só é não sucumbir à melancolia e à auto-piedade - e, pra mim, este desafio é sempre constante. Fico satisfeito de perceber que estou mais alegre, comprometido, produtivo do que nos anos anteriores - mas sei que os sentimentos sombrios me colocam em no fio de uma navalha que não apenas pode me fatiar, mas também pode me fazer sucumbir.


Então, bola pra frente!
É o esforço que temos pra buscar sermos melhores que nos torna melhor, e não meramente o resultado deste esforço. E tenho feito deste esforço diário uma fonte de forças para emergir de meus sentimentos mais valiosos, e para não emergir nas sombras quando as circunstâncias da vida me acertam em cheio.


E, deixar de buscar ser uma pessoa melhor, nem daqui duzentos posts.
Nem daqui 200^200 posts.