Encruzilhadas
Constante processo de mudança, constante momento de reflexão.
Comum na minha idade, o jovem adulto que procura um rumo, uma definição para sua vida.
(ou quem está lendo o texto acredita MESMO que decidimos o que será de nós na hora de colocar o curso que faremos na faculdade?)
Fiz muita coisa depois de sair de Amparo. Quase desisti do curso de Administração algumas vezes até me encontrar, ralei bastante enquanto estava sem trabalho até arrumar um emprego para sobreviver, conheci muitas pessoas complicadas até começar a valorizar a família e os amigos...
Mas ainda é como se faltasse algo.
Não acho que seja uma grande realização, um embrenhamento na carreira política, uma grande empresa pra exercitar meu lado empreendedor ou a namorada que eu nunca tive. Coisas que inclusive cogitei, e infelizmente algumas vezes eu, como qualquer pessoa em situação semelhante, interpretei erradamente como "as grandes soluções de meus problemas".
De repente, um dia, você reencontra a moça que tanto amou no passado, descobre a grande sacada pra ganhar seu primeiro milhão, se forma na faculdade...
E você percebe que não é aquela conquista em particular que definirá sua vida, por mais que você ame a garota, ganhe o milhão ou seja o melhor aluno da sala. Percebe que o que te molda não são as grandes escolhas, mas seu dia-a-da, cotidiano, coisas que em geral temos possibilidade e capacidade para mudar sem grandes problemas para nossa existência.
A grande sacada é que a maioria das pessoas não percebe isto.
Não saca que o desenvolvimento é no dia-a-dia, e fica perseguindo "o grande amor", "a grande idéia", até mesmo "a grande sacada". Não percebem que uma pedra pode resistir sem grandes dificuldades a um grande choque, mas é moldada em algum tempo pela água que diariamente pinga em cima dela.
Apesar de perceber, até eu mesmo ainda acho que falta alguma coisa.
Não acho que seja um bom emprego, por mais que tenha críticas ao meu, ou o diploma na USP, ou uma mulher que me complete, já tenha cruzado com ela ou não - mas ainda tenho uma tendência natural a aplicar o "messianismo" a uma grande mudança, inconscientemente.
Pelo menos o texto serviu pra eu começar a trabalhar melhor o dia-a-dia ao invés de "grandes mudanças".
Acho que uma grande realização pode sim acontecer, um grande planejamento, uma grande escolha, conquista e talz. Mas apenas se, durante o cotidiano, buscarmos nossos objetivos em cada atitude, cada ação, de forma decente e bacana.
(claro que isto também depende da escolha dos objetivos...)
A solução pras encruzilhadas é a forma como percorremos a estrada.
Os objetivos podemos até mudar, porém é a forma como percorremos a estrada que muda a gente.
Comum na minha idade, o jovem adulto que procura um rumo, uma definição para sua vida.
(ou quem está lendo o texto acredita MESMO que decidimos o que será de nós na hora de colocar o curso que faremos na faculdade?)
Fiz muita coisa depois de sair de Amparo. Quase desisti do curso de Administração algumas vezes até me encontrar, ralei bastante enquanto estava sem trabalho até arrumar um emprego para sobreviver, conheci muitas pessoas complicadas até começar a valorizar a família e os amigos...
Mas ainda é como se faltasse algo.
Não acho que seja uma grande realização, um embrenhamento na carreira política, uma grande empresa pra exercitar meu lado empreendedor ou a namorada que eu nunca tive. Coisas que inclusive cogitei, e infelizmente algumas vezes eu, como qualquer pessoa em situação semelhante, interpretei erradamente como "as grandes soluções de meus problemas".
De repente, um dia, você reencontra a moça que tanto amou no passado, descobre a grande sacada pra ganhar seu primeiro milhão, se forma na faculdade...
E você percebe que não é aquela conquista em particular que definirá sua vida, por mais que você ame a garota, ganhe o milhão ou seja o melhor aluno da sala. Percebe que o que te molda não são as grandes escolhas, mas seu dia-a-da, cotidiano, coisas que em geral temos possibilidade e capacidade para mudar sem grandes problemas para nossa existência.
A grande sacada é que a maioria das pessoas não percebe isto.
Não saca que o desenvolvimento é no dia-a-dia, e fica perseguindo "o grande amor", "a grande idéia", até mesmo "a grande sacada". Não percebem que uma pedra pode resistir sem grandes dificuldades a um grande choque, mas é moldada em algum tempo pela água que diariamente pinga em cima dela.
Apesar de perceber, até eu mesmo ainda acho que falta alguma coisa.
Não acho que seja um bom emprego, por mais que tenha críticas ao meu, ou o diploma na USP, ou uma mulher que me complete, já tenha cruzado com ela ou não - mas ainda tenho uma tendência natural a aplicar o "messianismo" a uma grande mudança, inconscientemente.
Pelo menos o texto serviu pra eu começar a trabalhar melhor o dia-a-dia ao invés de "grandes mudanças".
Acho que uma grande realização pode sim acontecer, um grande planejamento, uma grande escolha, conquista e talz. Mas apenas se, durante o cotidiano, buscarmos nossos objetivos em cada atitude, cada ação, de forma decente e bacana.
(claro que isto também depende da escolha dos objetivos...)
A solução pras encruzilhadas é a forma como percorremos a estrada.
Os objetivos podemos até mudar, porém é a forma como percorremos a estrada que muda a gente.