Sabe, tem se tornado raro eu publicar algo no blog.
Não sei bem porque, se eu estou ficando preguiçoso demais pra mandar algo, se meu saco anda cheio demais, se não em sinto muito estimulado. Mas sei qeu não tenho escrito muito nos últimos tempos.
Aqui na capital, a "grande serpente", como disse em algum post passado, as coisas continuam. Nestes últimos dois meses, minhas dificuldades aumentaram, com relação ao trabalho, à faculdade e à militância estudantil. Um pouco porque me propus novos desafios, outro pouco porque retomei seriamente alguns antigos, e um pouco porque a crise atinge todo mundo, em todos os âmbitos...
Claro que estas dificuldades não nos fazem passar por elas sem cobrar seu preço.
A insônia que manifesto nestas linhas, presente desde às duas ou três da manhã (agora são 5:32h no relógio do PC), é uma das formas pelas quais eu o quito.
O bom das dificuldades, não posso negar, é a possibilidade de se analisar e de questionar os rumos que se tem tomado na própria vida.
Eu aprendi a me analisar bastante depois de uma experiência afetiva falha, na qual ainda penso todos os dias. E aprendi, um pouco sozinho, um pouco com auxílio profissional, a saber o homem que sou por trás das máscaras que visto e que me obrigo a vestir todos os dias, sobre a relação deste homem com seu ambiente e com seus semelhantes, sobre o que o homem pode fazer acerca do que espera para sua vida, sobre o que esperar, baseado em suas potêncialidades, e sobre como ser uma pessoa
pior.
E, claro, por tabela, como evoluir e me tornar um ser humano
melhor.
Como disse um dos meus antigos professores certa vez (acho que o João Passador, se não me falha a memória), temos que saber quem somos para saber onde queremos chegar. Acho que hoje tenho uma noção melhor de quem sou, do que posso fazer, do que preciso melhorar, e tudo se reflete na estruturação de objetivos de vida mais plausíveis e mais bem estruturados.
Precisamos saber do que somos feitos, se realmente temos a ambição de chegar um pouco mais longe do que a casa de mamãe.
Nem sempre consigo ser melhor em aspectos que preciso melhorar, por mais atento que esteja a estes aspectos. Nem sempre - e eu diria que talvez na maior parte das vezes - não somos fortes o suficiente para fazer as coisas sozinhos, as coisas que precisam ser feitas.
E é aí que vejo o valor desta solidão que passo agora, neste momento insone: sem os outros, não cosigo ser nem eu mesmo. Como disse o Ronaldo após a vitória sobre o Santos domingo passado, ele somente foi o destaque da partida por ter conseguido estar em um bom grupo, com objetivos definidos, onde todos se conhecem, sabem de suas capacidades e deficiências, sabem qual é seu trabalho, e onde Ronaldo fez sua parte, mas todos fizeram também, sendo o mérito de todos no grupo.
Acredito que até um mérito pessoal e individual, como uma melhora individual, não deixa de passar por uma inserção em um grupo, como forma de apoio e subsídio a esta possível melhora.
(...)
Hoje, oficialmente, eu escrevi
para mim. Precisava disto.
Precisava talvez balancear algumas das cosias que coloco aqui, refiná-las de alguma forma. E fazer com que sejam palavras de fato para mim, coisas que carrego e faço reais, e não apenas luz que emana do monitor do meu PC.
Acho que consegui.
