O quanto a sua pessoa crê num mundo melhor?
Um dia antes de outubro.
Hoje eu estou descrente.
Prepare-se, pois hoje eu sou um homem sem perspectivas.
Sabe, eu divido as pessoas em duas categorias:
1) aquelas que, pra mim, tem valor - pois acreditam em um mundo melhor para todos, onde a justiça, a igualdade, a compaixão, o amor, dentre outros sentimentos, vão regir nossos relacionamentos uns com os outros, com a natureza e com o espaço, de forma holística, acreditando que, um dia, todos estaremos integrados de forma a bucar a evolução conjunta da humanidade e do mundo;
2) aquelas que acreditam que devem dominar as outras, devem dominar a natureza, devem dominar seus semelhantes e o espaço no qual habitam, utilizando para isto os recursos e habilidades que se encontram disponíveis para si próprias.
Não é preciso ser um gênio para perceber qual dos dois estilos que está mais intimamente ligado à natureza humana, qual dos dois mais influenciou a ação humana contemporânea e ao longo dos tempos - óbvio, a categoria dois é a que se configura mais vantajoja, o "passe por cima dos outros", o "seja melhor" que eu ouço todos os dias na minha faculdade.
Ótimo.
A minha descrença começou porque eu acredito - ou melhor, acreditava até hoje, agora pouquinho - que era, de fato, possível mudar a cultura humana, mudar essa cultura que os homens carregam desde sempre de que é sendo o melhor do que os outros é que se consegue alguma coisa, se consegue o que se quer.
(...)
Bom, minhas crenças foram abaladas.
Não sei se existe alternativa.
Não sei se eu estou fazendo certo em participar de entidades estudantis com o propósito de plantar sementes nos corações dos estudantes, para que, no futuro, tenhamos como colheita uma nova cultura nas relações humanas.
Aliás, não sei se estou fazendo certo em acreditar que a humanidade tem salvação e não está fadada a se afogar em seu próprio vômito.
Mesmo que eu conseguisse convencer alguém de que as coisas podem ser diferentes, bom, como convencer o resto das pessoas?
Como mudar a cultura vazia que os homens e mulheres carregam no coração, com tantos por aí adeptos desta cultura?
Como tentar fazer do mundo um lugar melhor se a humanidade aceita e incentiva a vida "competitiva" que os seres humanos levam?
Minhas crenças estão abaladas.
Eu gostaria de ver o mundo sendo uma localidade melhor, onde todos se entendem, conversam e discutem as possibilidades de se buscar uma realidade melhor. Para esse fim, eu sacrifiquei, sem pestanejar, dinheiro, amizades, anos de faculdade, possibilidades de ascensão nalgum emprego, amores...e tudo em busca de um ideal, de um sonho.
(não que seja grande coisa, na verdade eu agora neste momento estou acreditando como sendo irrelevante e descartável o meu exemplo pessoal)
E agora...
O que me sobrou?
Pra quê mudar o mundo se o mundo não quer ser mudado?
Pra que tentar adaptar o mundo às crenças nas quais você acredita se o mundo prefere continuar seguindo sua ciranda diabólica?
E o pior...levando em consideração que eu tenho plena noção que eu nunca vou me adaptar ao mundo no qual eu vivo...e que eu estou questionando a possibilidade de ver "um mundo melhor" se realizar algum dia...
Bom...
Se nenhuma das duas alternativas que eu vejo postas se configura em alternativas plausíveis para a minha existência...
O que me sobra, então?
Hoje eu estou descrente.
Prepare-se, pois hoje eu sou um homem sem perspectivas.
Sabe, eu divido as pessoas em duas categorias:
1) aquelas que, pra mim, tem valor - pois acreditam em um mundo melhor para todos, onde a justiça, a igualdade, a compaixão, o amor, dentre outros sentimentos, vão regir nossos relacionamentos uns com os outros, com a natureza e com o espaço, de forma holística, acreditando que, um dia, todos estaremos integrados de forma a bucar a evolução conjunta da humanidade e do mundo;
2) aquelas que acreditam que devem dominar as outras, devem dominar a natureza, devem dominar seus semelhantes e o espaço no qual habitam, utilizando para isto os recursos e habilidades que se encontram disponíveis para si próprias.
Não é preciso ser um gênio para perceber qual dos dois estilos que está mais intimamente ligado à natureza humana, qual dos dois mais influenciou a ação humana contemporânea e ao longo dos tempos - óbvio, a categoria dois é a que se configura mais vantajoja, o "passe por cima dos outros", o "seja melhor" que eu ouço todos os dias na minha faculdade.
Ótimo.
A minha descrença começou porque eu acredito - ou melhor, acreditava até hoje, agora pouquinho - que era, de fato, possível mudar a cultura humana, mudar essa cultura que os homens carregam desde sempre de que é sendo o melhor do que os outros é que se consegue alguma coisa, se consegue o que se quer.
(...)
Bom, minhas crenças foram abaladas.
Não sei se existe alternativa.
Não sei se eu estou fazendo certo em participar de entidades estudantis com o propósito de plantar sementes nos corações dos estudantes, para que, no futuro, tenhamos como colheita uma nova cultura nas relações humanas.
Aliás, não sei se estou fazendo certo em acreditar que a humanidade tem salvação e não está fadada a se afogar em seu próprio vômito.
Mesmo que eu conseguisse convencer alguém de que as coisas podem ser diferentes, bom, como convencer o resto das pessoas?
Como mudar a cultura vazia que os homens e mulheres carregam no coração, com tantos por aí adeptos desta cultura?
Como tentar fazer do mundo um lugar melhor se a humanidade aceita e incentiva a vida "competitiva" que os seres humanos levam?
Minhas crenças estão abaladas.
Eu gostaria de ver o mundo sendo uma localidade melhor, onde todos se entendem, conversam e discutem as possibilidades de se buscar uma realidade melhor. Para esse fim, eu sacrifiquei, sem pestanejar, dinheiro, amizades, anos de faculdade, possibilidades de ascensão nalgum emprego, amores...e tudo em busca de um ideal, de um sonho.
(não que seja grande coisa, na verdade eu agora neste momento estou acreditando como sendo irrelevante e descartável o meu exemplo pessoal)
E agora...
O que me sobrou?
Pra quê mudar o mundo se o mundo não quer ser mudado?
Pra que tentar adaptar o mundo às crenças nas quais você acredita se o mundo prefere continuar seguindo sua ciranda diabólica?
E o pior...levando em consideração que eu tenho plena noção que eu nunca vou me adaptar ao mundo no qual eu vivo...e que eu estou questionando a possibilidade de ver "um mundo melhor" se realizar algum dia...
Bom...
Se nenhuma das duas alternativas que eu vejo postas se configura em alternativas plausíveis para a minha existência...
O que me sobra, então?