Do Tempo e da Desconfiança
Fazem quase quatro meses que eu nada escrevo aqui.
De lá pra cá, muita coisa ficou diferente na minnha vida. Grandes desafios, pessoais, e novos desafios naqueles anseios que sempre tive.
E, de repente, me vejo como o caipira desconfiado que eu acho que, de um jeito ou de outro, eu sempre fui.
Tão desconfiado que sinto certa dificuldade em escrever sobre mim mesmo aqui no Blog. Falar sobre minhas conquistas e minhas derrotas é difícil, e acho que me aconstumei a sempre ter o pé um pouco mais atrás do que as pessoas comuns.
E, como sempre, resolvi usar o blog pra falar um pouco mais de mim comigo mesmo.
Talvez, bem talvez, agora que presidencio a Federação (quem diria que um dia, finalmente, eu chegaria lá), o meu blog tenha uns dois ou três leitores além de mim mesmo. Mas acho que, aind aassim, tentaria fazer do Blog o que tenho feito dele nos últimos cinco anos - um processo de auto-análise.
Eu quero confiar mais nas pessoas.
Agora eu consegui formar algo que deveria ter aprendido há anos, que é formar uma equipe de confiança, que tem propensão a conseguir um alto desempenho na resolução dos objetivos que nos propusemos. Mas estou velho demais, e imagino que se eu não fosse tão desconfiado em relação a todos à minha volta eu poderia hoje ter chegado muito mais longe.
Às vezes, eu desconfio dos meus melhores amigos. Já desconfiei dos meus pais, irmãos, amigos, aliados, ex-ficantes...
Eu poderia justificar.
No último domingo, encontrei por acaso uma professora da quinta série que me relembrou como eu sofria durante meus anos de Ensino Fundamental e Médio. Já sofri muitas rasteiras políticas, que me fizeram quase desanimar da minha militância. Tive muitas decepções com meus familiares, que me deixaram meio, sei lá...e não posso esquecer das minhas decepções amorosas, que me tornaram bem sozinho por muitos anos.
Solidão...
No fundo no fundo, acho que foi o que mais me deixou desconfiado. Sempre tive pessoas me rodeando, trabalhei com gente, tenho muitos contatos em todo o país - mas acho que, nos anos em que passei na capital, minha solidão foi muito mais drástica do que em toda a minha vida.
Acho que realmente acabei ficando mais desconfiado depois que Ribeirão Preto ficou pra trás.
Claro que sempre tive certa propensão a isto, mas...acredito que o ambiente paulistano, fechado, frio, com pessoas distantes, acabou me deixando mais sozinho e mais desconfiado.
E os anos em que fiquei no Banco, todos os dias ouvindo pessoas achando que eu estava lá pra sacanear com elas, e o ambiente pesado e desestimulante onde eu trabalhava, com pessoas que pouco mostravam importância para mim ou para seus semelhantes...acho que tudo isto me deixou ainda mais desconfiado do que eu sempre fui.
Ah, claro.
Se eu estou escrevendo aqui, acho que é porque pelo menos eu já admiti este problema. Acho que é um bom passo pra ver que é um problema, e que precisa ser resolvido.
Um bom passo pra resolve-lo, digo.
Não pensei em nenhum bom encerramento pra este postzinho.
Fico por aqui, então, na esperança de amanhã estar com meu "desconfiômetro" um pouco melhor calibrado.
De lá pra cá, muita coisa ficou diferente na minnha vida. Grandes desafios, pessoais, e novos desafios naqueles anseios que sempre tive.
E, de repente, me vejo como o caipira desconfiado que eu acho que, de um jeito ou de outro, eu sempre fui.
Tão desconfiado que sinto certa dificuldade em escrever sobre mim mesmo aqui no Blog. Falar sobre minhas conquistas e minhas derrotas é difícil, e acho que me aconstumei a sempre ter o pé um pouco mais atrás do que as pessoas comuns.
E, como sempre, resolvi usar o blog pra falar um pouco mais de mim comigo mesmo.
Talvez, bem talvez, agora que presidencio a Federação (quem diria que um dia, finalmente, eu chegaria lá), o meu blog tenha uns dois ou três leitores além de mim mesmo. Mas acho que, aind aassim, tentaria fazer do Blog o que tenho feito dele nos últimos cinco anos - um processo de auto-análise.
Eu quero confiar mais nas pessoas.
Agora eu consegui formar algo que deveria ter aprendido há anos, que é formar uma equipe de confiança, que tem propensão a conseguir um alto desempenho na resolução dos objetivos que nos propusemos. Mas estou velho demais, e imagino que se eu não fosse tão desconfiado em relação a todos à minha volta eu poderia hoje ter chegado muito mais longe.
Às vezes, eu desconfio dos meus melhores amigos. Já desconfiei dos meus pais, irmãos, amigos, aliados, ex-ficantes...
Eu poderia justificar.
No último domingo, encontrei por acaso uma professora da quinta série que me relembrou como eu sofria durante meus anos de Ensino Fundamental e Médio. Já sofri muitas rasteiras políticas, que me fizeram quase desanimar da minha militância. Tive muitas decepções com meus familiares, que me deixaram meio, sei lá...e não posso esquecer das minhas decepções amorosas, que me tornaram bem sozinho por muitos anos.
Solidão...
No fundo no fundo, acho que foi o que mais me deixou desconfiado. Sempre tive pessoas me rodeando, trabalhei com gente, tenho muitos contatos em todo o país - mas acho que, nos anos em que passei na capital, minha solidão foi muito mais drástica do que em toda a minha vida.
Acho que realmente acabei ficando mais desconfiado depois que Ribeirão Preto ficou pra trás.
Claro que sempre tive certa propensão a isto, mas...acredito que o ambiente paulistano, fechado, frio, com pessoas distantes, acabou me deixando mais sozinho e mais desconfiado.
E os anos em que fiquei no Banco, todos os dias ouvindo pessoas achando que eu estava lá pra sacanear com elas, e o ambiente pesado e desestimulante onde eu trabalhava, com pessoas que pouco mostravam importância para mim ou para seus semelhantes...acho que tudo isto me deixou ainda mais desconfiado do que eu sempre fui.
Ah, claro.
Se eu estou escrevendo aqui, acho que é porque pelo menos eu já admiti este problema. Acho que é um bom passo pra ver que é um problema, e que precisa ser resolvido.
Um bom passo pra resolve-lo, digo.
Não pensei em nenhum bom encerramento pra este postzinho.
Fico por aqui, então, na esperança de amanhã estar com meu "desconfiômetro" um pouco melhor calibrado.
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