Dia de los Muertos 2009 - Ritos de Passagem
O que eu tiro deste feriado de finados?
(...)
Bem no dia do feriado, recebi uma surpreendente visita do Junior e da Juliana, amigos de longa data (O Junior, de infância, e a Juliana, há uns doze anos eu acho) e namorados.
Ops, noivos.
E, pela imagem ao lado, já deu pra sacar que serão noivos por pouco tempo. Vieram me convidar para o casório, em Janeiro.
Basicamente, é a primeira vez que me convidam para um casamento.
Tá, meu irmão é casado no civil, minha irmã também, mas no caso dos dois foi muito mais uma "formalidade", na minha humilde opinião. Uma oficialização de algo que já era real.
No caso do casal de amigos, é muito mais uma celebração. E que vai pra além de uma mera celebração de um relacionamento, mas também de um rito de passagem - como se eles dois estivessem realmente falando para todos que se tornaram de fato adultos, responsáveis, e assumindo o compromisso de iniciar uma família perante a sociedade amparense.
Eu, pessoalmente, não acredito muito em casamentos. Acho que o sentimento é que é realmente importante, e é ele que se traduz nas benesses materiais, sentimentais, espirituais que buscamos ao longo da vida.
Mas eu reconheço a importância que se tem em um rito de passagem, para nos tornarmos de fato adultos. Mais do que sair de casa, se formar na faculdade, de se ter um filho, como uma celebração tem o poder de mostrar aos nosso círculos que nos tornamos adultos...
Que nos tornamos cidadãos, de fato.
Não que não fôssemos antes, mas muitas vezes os jovens são reconhecidos e respeitados como cidadãos de nossa sociedade após uma celebração, que ateste isto. Aí é que entra o casamento, mais do que qualquer formatura na faculdade, mais do que qualquer emprego, e (infelizmente, eu acho, neste próximo caso) mais do que gerar uma nova vida.
Eu percebo também que eu estou ficando mais maduro.
Meus amigos, hoje, buscam todos algumas estabilidades - financeira, sentimental, espiritual, familiar, dentre outras - e começam a conseguir as primeiras conquistas para o restante de suas vidas. O mesmo se aplica aos meus dois irmãos - que tomaram decisões que repercutirão pelo resto de suas vidas, e que torço muito para que tenham sido as melhores e mais acertadas.
Obviamente que eu não estou exatamente neste "hall". Ainda tenho toda minha vida pela frente, sou jovem e estou estruturando, em algumas áreas até reestruturando minha vida. Não que eu ache que de repente eu não possa conseguir uma, duas ou mais destas, amanhã posso me esforçar ou dar sorte e deixar de me preocupar com as finanças, ou começar a namorar pela primeira vez, me sentir realizado como pessoa após a conquista de uma ou mais destas - como uma pirâmide de Maslow, mas sem a hierarquia rígida desta. Maaaaaaaaaaas acredito que, por mais que eu me realize, sob muitos aspectos apenas após passar e superar alguns dos "ritos" que citei é que poderei conseguir o respeito de alguns...
E de mim mesmo.
E não ter dúvidas de que interajo com semelhantes.
Obviamente que, na realidade, eu lido APENAS com semelhantes. Já dizem há séculos que ninguém é melhor que ninguém.
Por isto, a minha ciência é a de que eu tenho que colocar como dada a necessidade dos ritos para me colocar como semelhante apenas quando isto se fizer imprescindível, e não para eu me reconhecer como semelhante aos demais com quem interajo todos os momentos.
Bem...
A ironia é eu ver o casamento como um "renascimento" justamente no "Dia de los Muertos".
Escrevi sobre este dia, ou neste dia, em anos passados, mas sem escrever especificamente sobre o dia 2 de Novembro, seu significado ou usando-o como contraponto a um acontecimento de meu cotidiano.
A ironia continua após refletir, já que eu também tive pouco de renascimento para mim.
Felicidades ao casal, de verdade.
E um agradecimento pessoal, por me propiciar uma boa reflexão sobre meus ambientes e sobre mim mesmo.
(...)
Bem no dia do feriado, recebi uma surpreendente visita do Junior e da Juliana, amigos de longa data (O Junior, de infância, e a Juliana, há uns doze anos eu acho) e namorados.
Ops, noivos.
E, pela imagem ao lado, já deu pra sacar que serão noivos por pouco tempo. Vieram me convidar para o casório, em Janeiro.
Basicamente, é a primeira vez que me convidam para um casamento.
Tá, meu irmão é casado no civil, minha irmã também, mas no caso dos dois foi muito mais uma "formalidade", na minha humilde opinião. Uma oficialização de algo que já era real.
No caso do casal de amigos, é muito mais uma celebração. E que vai pra além de uma mera celebração de um relacionamento, mas também de um rito de passagem - como se eles dois estivessem realmente falando para todos que se tornaram de fato adultos, responsáveis, e assumindo o compromisso de iniciar uma família perante a sociedade amparense.
Eu, pessoalmente, não acredito muito em casamentos. Acho que o sentimento é que é realmente importante, e é ele que se traduz nas benesses materiais, sentimentais, espirituais que buscamos ao longo da vida.
Mas eu reconheço a importância que se tem em um rito de passagem, para nos tornarmos de fato adultos. Mais do que sair de casa, se formar na faculdade, de se ter um filho, como uma celebração tem o poder de mostrar aos nosso círculos que nos tornamos adultos...
Que nos tornamos cidadãos, de fato.
Não que não fôssemos antes, mas muitas vezes os jovens são reconhecidos e respeitados como cidadãos de nossa sociedade após uma celebração, que ateste isto. Aí é que entra o casamento, mais do que qualquer formatura na faculdade, mais do que qualquer emprego, e (infelizmente, eu acho, neste próximo caso) mais do que gerar uma nova vida.
Eu percebo também que eu estou ficando mais maduro.
Meus amigos, hoje, buscam todos algumas estabilidades - financeira, sentimental, espiritual, familiar, dentre outras - e começam a conseguir as primeiras conquistas para o restante de suas vidas. O mesmo se aplica aos meus dois irmãos - que tomaram decisões que repercutirão pelo resto de suas vidas, e que torço muito para que tenham sido as melhores e mais acertadas.
Obviamente que eu não estou exatamente neste "hall". Ainda tenho toda minha vida pela frente, sou jovem e estou estruturando, em algumas áreas até reestruturando minha vida. Não que eu ache que de repente eu não possa conseguir uma, duas ou mais destas, amanhã posso me esforçar ou dar sorte e deixar de me preocupar com as finanças, ou começar a namorar pela primeira vez, me sentir realizado como pessoa após a conquista de uma ou mais destas - como uma pirâmide de Maslow, mas sem a hierarquia rígida desta. Maaaaaaaaaaas acredito que, por mais que eu me realize, sob muitos aspectos apenas após passar e superar alguns dos "ritos" que citei é que poderei conseguir o respeito de alguns...
E de mim mesmo.
E não ter dúvidas de que interajo com semelhantes.
Obviamente que, na realidade, eu lido APENAS com semelhantes. Já dizem há séculos que ninguém é melhor que ninguém.
Por isto, a minha ciência é a de que eu tenho que colocar como dada a necessidade dos ritos para me colocar como semelhante apenas quando isto se fizer imprescindível, e não para eu me reconhecer como semelhante aos demais com quem interajo todos os momentos.
Bem...
A ironia é eu ver o casamento como um "renascimento" justamente no "Dia de los Muertos".
Escrevi sobre este dia, ou neste dia, em anos passados, mas sem escrever especificamente sobre o dia 2 de Novembro, seu significado ou usando-o como contraponto a um acontecimento de meu cotidiano.
A ironia continua após refletir, já que eu também tive pouco de renascimento para mim.
Felicidades ao casal, de verdade.
E um agradecimento pessoal, por me propiciar uma boa reflexão sobre meus ambientes e sobre mim mesmo.
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