Introspecção

Sou Marcelo.
Me chamam de alguns outros apelidos por aí, mas ainda sou Marcelo em minha essência.

Sou um cara ambíguo - costumo me questionar muito e ser extremamente crítico comigo mesmo, mas, em geral, não consigo perder um certo "brilho nos olhos", uma vontade de mudar o mundo.
Por exemplo:
Penso nos amores passados - e me dou conta de que sou um viúvo em pleno bojo da solteirice.Soa contraditório - nunca tive um relacionamento duradouro, mas a última pessoa que me "abalou" teoricamente "morreu" - queria que fosse diferente, mas ela nem vai querer reservar alguns minutos do seu tempo pra colocarmos os pingos nos is definitivamente.
Assim sendo, eu, solteiro, sou viúvo de um relacionamento que nasceu acéfalo, viveu alguns minutinhos e morreu como indigente por negligência, talvez e provavelmente, da minha parte.
Ou pior - sou viúvo de uma pessoa que não existe mais, dada a sua mudança, mas solteiro, já que o relacionamento não foi pra frente o suficiente pra significar muito mais do que um "affair".

Pena que pra mim é mais do que um "affair"...
E ela é um pouco mais do que um cadáver num cemitério imaginário.

(já aviso já que este é um momento de questionamento do meu ser)

E hoje é domingo, faz tempo que eu não atualizo meu profile.

Tocam "Save a Prayer" e "Purple Rain" no rádio - momento introspectivo e solitário numa manhã de um chuvoso domingo.

Estou me achando meio que uma farsa...
Um dos maiores farsantes que eu conheci.

Ou, às vezes, como eu já disse, acredito ser uma pessoa com um brilho nos olhos intenso, inacreditável, com uma vontade de mudar o mundo incrível.

Bom...
Neste momento introspectivo, uma pergunta me vem à cabeça:

Serei eu um farsante até pra mim mesmo?