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segunda-feira, outubro 19, 2009

Business Breakdown Structure

Estou de volta em casa.



O dia não foi dos melhores.
Meu carro não ficou pronto, minha cabeça dói e eu comecei a me sentir estranho já na hora em que eu estava indo trabalhar. Não tive diálogos bons com minha superior, fiquei sozinho um pedaço bom do dia.

O bom é que falei que ficar sozinho está me incomodando pra minha superior. Ela não pareceu muito receptiva quando falei, mas posteriormente os funcionários do meu setor voltaram para ajudar nos trabalhos - o que me garantiu um fim de expediente trabalhoso, sim, mas não enlouquecedor.



Estou avaliando cada vez mais a sério a possibilidade de sair deste emprego.
Não me sinto bem, as pessoas não te tratam bem, mas isto tudo é normal no setor bancário. O que tem me incomodado cada dia mais é a solidão que passo, muitas vezes horas a fio, em relação aos meus colegas de trabalho - e fico só, atendendo o público que vem ao setor no qual trabalho.

Como trabalho em uma agência bancária de porte razoável, diria que este expediante é bastante pesado.


Também não me dou bem com alguns colegas.
Parece normal, mas sempre me dei bem com todo mundo, e sempre me esforcei para tal. No entanto, no trabalho, não consigo ser próximo dos colegas nem para almoçar junto.
Em outros ambientes, sinto uma dificuldade bem menor neste ponto - embora também tenha certa dificuldade.


O complexo do trabalho no meu ambiente é, a meu ver, a grande falta de consideração para com um semelhante.
Não me cabe julgar se isto é um aspecto da arquitetura organizacional da Instituição ou um traço psicológico dos indivíduos que trabalham neste tipo de escritórios. Porém, é comum perceber o quanto os colegas de trabalho desprezam seu estado de saúde ou suas questões pessoais, colocando a Instituição como a "grande justificativa" para exercer tal atitude.

Eu acreditava, antes, que os bancários, alguns, agiam assim apenas com a clientela que frenquentava as longas e desgastantes filas. Hoje, ao perceber na minha própria carne como tratam um semelhante, vejo que este traço de personalidade é, infelizmente, mais comum e potêncialmente mais danoso do que eu imaginava.



Poderia falar mais...gostaria de falar, por exemplo, da pressão e até desprezo psicológico a que são submetidos aqueles que não cumprem as metas.
Mas acredito que não é muito mais necessário, para ilustrar alguns dos problemas que tenho enfrentado ao longo da minha estada nesta Instituição.



Deixo com uma pergunta final, para reflexão:




Seria este tipo de organização a regra em nossa sociedade?