Mensagem de aniversário - um mês e dez dias depois...
"Que o teu afeto me afetou é fato Agora faça me um favor"
O Teatro Mágico, A fé solúvel
Primeiro, um obrigado aos que vieram aqui me felicitar.
Afinal, perto do dois de agosto, nos últimos três anos, eu venho aqui e coloco uma mensagem pessoal.
Algo que eu interpreto como um balanço do último período e também como as expectativas para o próximo.
E sempre tem alguns que vem aqui e passam um pouco do seu tempo lendo as divagações deste que vos escreve...
E é a estes que eu deixo meu agradecimento.
Sobre o balanço e as perspectivas em si...
Neste último ano, eu de fato esperava mudanças.
Drásticas.
Me mudei para outra cidade, para outro ambiente, comecei a conviver com outras pessoas em um local muito mais inóspito para as relações humanas - a cidade de São Paulo.
Por um lado, isso fortaleceu minha relação com pessoas que estão mais distantes fisicamente, mas que se aproximaram - família, amigos.
Por outro, me fez ver também como é difícil estar sozinho entre pessoas que você conhece e que te conhecem, e como é duro lidar com isso.
A metrópole, de fato, desumaniza as relações humanas.
Mas eu nunca fui muito de me adaptar ao meio, em casos como esse - mas muito mais do tipo que tenta adaptar o meio ao que eu vejo como sendo uma melhor alternativa.
Nos meus objetivos de vida, sem grandes dilemas, tudo caminha bem - claro que tem problemas, imprevistos, mas evoluo nessa corrida e persigo estes objetivos com garra, honestidade e uma boa ambição no coração.
Aprendi também que eu não quero que as coisas fiquem mais fáceis - mas sim que eu consiga transpor as dificuldades mais carrancudas.
Parece algo que está na cara, com tanta obviedade - embora as pessoas prefiram perder tempo procurando um caminho mais fácil - que, em geral, não existe ou não é mais fácil - do que transpor as dificuldades mais cabeludas com a cara e a coragem.
No lado sentimental, estou mais otimista.
Percebi - e como demorou pra perceber - que tem coisas mais importantes para achar a pessoa certa do que se preocupar com peso a mais ou com defeitos anatômicos.
Parece simples e óbvio - mas também reparei que, em geral, as pessoas não reparam nessa obviedade.
Isso me faz ver as coisas de forma diferente - já que tantas pessoas se atém ao calor de estar com alguém, ao desejo, à paixão...
E não percebem o quanto pode significar tocar, por exemplo, o dedo mindinho de uma pessoa.
Não percebem a diferença que tocar outra pessoa com um sincero sentimento altruísta pode ter (para os dois!), e apenas se preocupam com a satisfação de suas próprias necessidades afetivas.
Em suma, acho que aprendi que eu, pelo menos, apenas atendo estas minhas necessidades afetivas se eu atendo também as da outra parte.
Quiçá todos agissem assim em seus relacionamentos...
Talvez em todas as suas relações pessoais.
O que, pra encerrar, me impele a citar uma outra coisa...
Que, no geral, me tornei mais maduro, através de um processo de autoconhecimento sóbrio, às vezes, e atribulado em outras.
Foi o que me tornou mais sério, mais envolvido, mais engraçado, mais aguerrido, mais sensível...
Mas também amadureci a ponto de perceber a minha própria imaturidade, minha falta de base para aproveitar essa vida tão grande em toda a sua plenitude e potencialidade, o quanto posso viver essa existência muito mais perto do limite de minhas possibilidades.
Me fez ver o quanto ainda tenho a evoluir, aprender...
Em suma...
O quanto ainda preciso amadurecer pra viver e fazer essa vida valer ainda mais a pena.
No mais, acho que ficou um belo texto...:)
Só espero que não tenham sido uns poucos os que chegaram até este final e conhecido um pouquinho mais desta humilde pessoa que aqui escreve.
E um agradecimento especial a todos que se lembraram deste pobre.
Um forte abraço!!!
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